quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

O PECADO MORA DENTRO

O encontro era num templo, numa igreja. O padre estava presente, mas apenas acompanhava enquanto o jovem Alan estava à frente, falando para um público atento, igualmente jovem naquele sábado à tarde. Em meio a outros de sua idade, Diva, uma jovem de rosto lindo e corpo com curvas muito generosas, gravava cada milímetro, cada segundo, desde o início, quando rapidamente fora apresentada a ele havia alguns meses. O mover dos seus lábios a fascinava, mas não por suas belas palavras... Era o movimento daqueles lábios carnudos, ao abrir e fechar, no sorriso que em alguns momentos fazia seu rosto brilhar para ela. O que ele dizia? Não lembra de uma única palavra sequer.
Linda, ali sentada, imaginava os lugares que gostaria que aquela boca percorresse. Nossa! Como ela desejava aquele homem. Ardendo de tesão chegou a molhar a calcinha mergulhada em delírios, fetiches e todas as posições que desejava, apertando as pernas uma contra a outra, ora cruzando-as para um lado, ora pra outro, numa tentativa vã de massagear seu clitóris. Impaciente, pensou em ir ao banheiro masturbar-se...
O rapaz apreciava a doçura com que Diva tratava as pessoas e as palavras de conforto que transmitia, nos vários momentos de trabalhos sociais que haviam feito juntos. Mas gostava mesmo quando a calcinha dela esta atochada na bunda, como lembrou mais tarde. O visual atiçava-o, dava um tesão maluco. Os seus olhares inflamavam ao se cruzarem, sem, contudo, declararem-se um ao outro. Afinal, a causa era espiritual e não poderiam mudar seu foco. Em seus íntimos sabiam que na primeira oportunidade que tivessem iria rolar o sexo mais louco de suas vidas. A química exalava pelos poros. Entretanto, existia uma dúvida muito grande: ambos sabiam o tamanho do pecado que estavam a ponto de cometer. Vez ou outra pensavam no risco de sua fé, no que poderia acontecer se fossem descobertos, já que o sexo era para o casamento. Tudo passava por suas mentes, cada um em separado, como se estivessem dialogando.
“Inocentemente”, após uma vigília do grupo de jovens, de cânticos, leitura da Bíblia e orações, Alan leva a moça à sua casa. O papo rola sobre as atividades da congregação e seu apego às coisas de Deus. Ate que ele diz: “Irmã, você sabe do afeto que tenho por você…”. Ela o interrompe e o convida para entrar, porque o que ela sentia estava muito longe do tal ‘afeto’. Era um desejo, tesão. Esse desejo, inibido pela doutrina de sua igreja que condena aqueles que deixam aflorar suas paixões carnais, não tinha mais como ser contido, a menos que um recuasse. E como assumir que ela queria ser comida com força, violada e chamada de pecadora? Ah, quanto fetiche...
Alan, já sentado no sofá, tenta continuar sua fala envolto numa tentativa de santidade, mas não consegue. Diva novamente o interrompe. Dessa vez sobe em suas pernas, tira a blusa e o sutiã preto que brilhava naquela pele tão clara e macia. Em um abraço nu, falando ao ouvido ela disse: “TE QUERO!”.
Naquele momento nada mais restava senão pecar. Ele começou a lamber os peitinhos dela como se não houvesse amanhã. Porém, a sede da irmã era outra. Insandecida de tesão ela queria que o pau dele entrasse todo em sua boca. Com a cara mais safada que uma mulher pode fazer, ela o engole, olhando fixamente para os olhos dele, com um sorrisinho safado como quem sabe que esta agradando. Suga seu pau deliciosamente, chupa-o com vontade, faz sentir em sua garganta, brincando por alguns minutos. Alan está contorcendo-se, segurando o gozo.
A gata, já nua, sobe novamente em cima dele, que está inebriado com tanta atitude de Diva. Coloca seu pau grosso inteiramente em sua buceta molhada e quente. Soca com força, do jeito que sonhara durante meses. Sim, ela fez tudo o que quis…
Trocaram posição enlouquecidamente. Ora ela ficava de quatro, ora subia nele. Diva, tendo gozado várias vezes sentiu que Cássio estava para explodir de tesão. Parou de súbito, pediu que ele a deixasse recostar no sofá e disse: “Enche minha boca de porra!”.
Eles têm um próximo encontro marcado. Enquanto isso trocam mensagens cheia de "ótimas" intenções, de tesão e de pecado! Pecado? O sexo falou muito mais alto.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

NÃO IMPORTA MAIS

Luciano fora dormir em êxtase. Além de uma transa deliciosa, com uma mulher que há meses desejava, jamais imaginava que tudo seria envolto num simples "sem perguntas". Como poderia ser isso? Quais motivações ela teve? O que ela havia gostado nele? Como seria encontra-la novamente nos corredores do supermercado? As perguntas fervilhavam em sua mente ao mesmo que as cenas de sexo e daquele corpo o deixavam a olhar para o teto do quarto sem vê-lo.

Colocou "I Ain't No Nice Guy", do Motörhead, no som, para tentar relaxar. Não conseguiu. Andou de um lado para outro no quarto. Uma cerveja, um olhar pela janela do apartamento. Amanhecia, quando seus olhos não suportaram mais e, enfim, adormeceu.

Não havia espaço para outro pensamento naquela manhã. Mal conseguia alimentar-se, mal conseguia caminhar, mal conseguia dirigir até o trabalho. Pensamentos desordenados, perguntas e mais perguntas. Estaria apaixonado? Ela era casada e nisso estava uma barreira intransponível para ele.

Passam-se 20 dias e não a vê. Havia perguntado para colegas do outro turno e confirmaram que ela vinha pela manhã, quando ele não estava. Pensou em circular por lá, mas seria óbvio demais. Afinal, ela disse "sem perguntas". Naquele dia ela aparece fazendo o seu trabalho nos corredores do supermercado. De longe Luciano a vê, mas Francy parece compenetrada e nem olha para o lado. Como resistir?

- Oi.

- Oi Luciano, como vai?

- Bem e você?

- Estou ótima. Muito trabalho como sempre.

- Eu queria... Ela o interrompe com um gesto como que pedindo silêncio.

- Sem perguntas!

Com aquele sorriso simpático e cativante de sempre curva-se e continua seu trabalho. Ágil como de costume, logo levanta-se e vai embora. Ele está definitivamente sem saber o que fazer. De qualquer forma toma uma decisão: "Não vou ficar nessa!". Assim, como quem passa uma borracha parte para a noite, porque era sexta-feira e os amigos haviam combinado a cerveja de sempre. "Quem sabe pinta uma gata diferente hoje..." pensou enquanto caminhava aliviado consigo mesmo para atender suas responsabilidades.

Aquela experiência passou à uma mera lembrança. Afinal, havia conhecido uma garota através de amigas de sexta-feira e começara a gostar dela.

Era segunda-feira e o dia começara tranquilo. Dava aquelas ajeitadas no apartamento pra diminuir a bagunça do domingo. A namorada saíra cedo e Luciano limpava com o ânimo que o dia proporcionava, sem qualquer compromisso com nada. Era 11h21 quando o interfone toca. Era ela... "Meu Deus! O que faço agora? Numa segunda-feira?" pensava contando o tempo que levaria para chegar ao seu apartamento. "Preciso de um banho! Louco, acabei de tomar". Quase em pânico a campainha toca. Segura a maçaneta, respira fundo e abre. Seu coração bate forte. São dois segundos eternos em que olham-se até que ela sorri levemente.

- Posso entrar?

- Ah, puxa, desculpa... Você me deixa nervoso!

Ela estava linda com aquela calça jeans, sandália a mostrar seus pés, uma blusa insinuando a silhueta do sutiã, cabelos presos, brincos pequenos, lábios com uma batom discreto e aquele perfume inebriante. Entra, enquanto ele facha a porta lentamente observando seu pescoço. Desta vez ele se recosta na porta com as mãos para trás. Francy para no meio da sala e se volta com um sorriso maroto, olhos brilhantes, com as mãos à frente segurando uma bolsa pequena.

- Luciano...

- Francy...

Silêncio! Ambos fitam-se e sorriem. Respiração ofegante, impossível de ser contida.

- Vais ficar aí na porta?

- Sim. Há umas perguntas que quero fazer.

- Faça.

Alguns segundos se passam enquanto ele não consegue coordenar os pensamentos. Lentamente se afasta da porta e vai em direção a ela...

- Sem perguntas. Não importa mais... Diz enquanto suas mãos a seguram pela cintura.

Puxa-a para si e a beija loucamente. Ali, com um universo de tesão incendiando-os, suas roupas desaparecem e entregam-se ao sexo quente, depravado, sem limites, com força, com gemidos, molhado, intenso como somente o mistério poderia fazer surgir.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

SEM PERGUNTAS...

Como de costume foi ao supermercado no sábado pela manhã para as compras básicas do final de semana. Nada marcado, nada programado, nada esperado para o dia, tampouco para o domingo já que trabalharia ali mesmo como gerente dos caixas. Talvez um amigo ligasse para uma cerveja, ou mesmo para uns quitutes num dos barzinhos da cidade. Sequer se preocupara com isso. Afinal, a sexta-feira à noite já tinha sido de boas companhias e muitas risadas. Aliás, em poucos momentos tinha rido tanto com a galera.

De corredor em corredor, creme dental, sabonete, frango temperado, Sucrilhos de chocolate, pêssegos em calda, uma lâmpada e o zig-zag de sempre entre gôndolas, sem a lista, lembrando na medida em que "passeava". Foi numa dessas passadas que a viu.

Uma repositora de fornecedor que não conhecia. Parecia ter uns 35 anos, cabelos pretos e lisos presos com "rabinho de cavalo", muito ágil, concentrada, com o cuidado da camiseta ficar por cima da calça mesmo quando abaixada, típica atitude de quem leva seu trabalho a sério. Era linda, sua pele do jeito que ele gosta, o desenho dos lábios, unhas bem cuidadas e a aliança na mão esquerda. Sim, uma aliança enorme e sem os anéis junto à aliança que mulheres, na avaliação dele, costumavam usar pra disfarçar o serem casadas. Imaginou ser daquelas que se sentem bem casadas, que querem mostrar isso e que uma abordagem seria apenas passar vergonha.

Porém, não resistindo à vontade de aproximar-se, foi ao seu encontro.

- Oi, bom dia. Sou Luciano, gerente de caixa aqui e não lembro de você.

- Prazer, Francy. É a primeira vez que venho. Fui contratada faz alguns dias. Ai, to nervosa!

- Mas por que? Tá precisando de alguma ajuda?

- Coisas do primeiro dia. Isso passa...

Trocaram mais algumas palavras e a deixou trabalhar. Seu coração bateu forte ao mesmo tempo que não podia pensar em outras possibilidades senão um papo eventual, pois no trabalho seria complicado dar atenção além das necessidades do próprio trabalho.

Na segunda-feira encontram-se no estacionamento. Ele chegando para o turno da tarde e ela saindo para outro supermercado. Mais umas palavras e Francy mantém uma atitude profissional, sem qualquer margem para mais que isso.

Os encontros casuais seguiram-se por muitas vezes ao longo de oito meses sem que houvesse um detalhe sequer que o fizesse ter esperança. Além disso, não tinha qualquer pretensão de problemas com mulheres casadas. Ela o atraía por demais e estava vivendo sentimentos contraditórios. Aquele jeito de tratar as pessoas, aquela voz, aquele corpo, aquele perfume, aquele sorriso... Tudo parecia atraí-lo. Os papos eram sempre alegres e não íam muito além do trivial.

Naquela terça-feira a surpresa!

Ao chegar ele a vê num banquinho em que os funcionários relaxavam nos intervalos, numa lateral do estacionamento. Estava cabisbaixa, olhar ao longe, mãos jogadas sobre as coxas e o cabelo solto. Não havia o sorriso e nem aquele olhar tão amistoso que o cativara.

- Oi Francy...

- Que horas você sai?

- Às 22h30 mais ou menos.

- Tá. Vou te ligar. Já tenho teu celular. E sem perguntas!

Ele ficou gélido. Uma estátua, mudo, sem qualquer reação enquanto ela se afastava, entrava em seu carro e sumia. Seus pensamentos começaram a fervilhar, tremia sem saber do que se tratava. Calara-se diante da firmeza das palavras dela e porque nem dera tempo para, sequer, pensar em algo. Não parecia aquela mulher que estava acostumado.

O dia foi longo para Luciano. Muito longo. O mais longo de sua vida. Cometeu vários erros no trabalho, não conseguia dar continuidade a qualquer conversa, foi ao banheiro olhar-se no espelho várias vezes, suava, olhava as horas a cada minuto... Foi um dia como jamais esperara, como jamais imaginara.

Às 22h43 o telefone toca. Era ela.

- Estou no posto de gasolina ao lado do hotel Antália. Entre em meu carro e sem perguntas.

Luciano entrou em seu carro sem nada dizer. Francys vestia um vestido escuro mostrando parte das coxas, cabelos soltos e muito bem penteados, seu perfume tomava conta do carro, o batom realçava aqueles lábios lindos e as sandálias mostravam seus pés maravilhosos. Neste momento ele não tinha mais como conter sua excitação diante do pouco que via. Sua mente estava povoada de loucuras e insegurança. "O que ela gosta, o que devo fazer...", mais perguntas e uma certeza apenas: estava a caminho de um momento há meses sonhado.

Entram na suíte, ela fecha a porta atrás de si, recosta-se, olhando-o fixamente. Ele treme diante de uma expressão que jamais vira naquela mulher linda. Por um segundo teve medo. Por um segundo pensou que estava numa enrascada até que ela o beija. Ah, o beijo... Enlouquecedor, alucinante, quente e molhado. As mãos de ambos percorrem seus corpos. Luciano sente o calor de sua pele macia por debaixo do vestido, respiração ofegante, enquanto Francy quase rasga sua camisa, com agilidade tira seu cinto, abre sua calça e segura com força seu pênis. Ela puxa a calcinha para o lado, contorce-se de tesão, roçando sua xana nele.

Num instante para repentinamente, afasta-se um palmo, coloca suas mãos em seu peito e vai descendo até que tem-no todo dentro de sua boca. Chupa com tanta intensidade que Luciano tem que controlar-se para não gozar. O vestido desce por seu corpo sem que pare de chupar. Ao erguer-se joga-o na cama, vai sobre ele e cavalga forte em meio a gemidos de prazer.

Essa é a noite que escolhera para matar dois homens... Um de tesão e outro de desespero.

domingo, 29 de setembro de 2013

AO SOM DA PRIMEIRA VEZ

(Continuação de A DOIS PASSOS DO PARAÍSO. Se quiser ler do início: ERA TODA CERTINHA)

Chega sexta-feira. São 22h42min e ele sabe que Vera já chegou da faculdade. Está ansioso, conta os segundos para receber uma ligação, sente-se perto demais, ao alcance das mãos. Pra tentar relaxar escolhe Marina Lima pra curtir. Toma um banho quente, faz o contorno da barba, perfuma-se de corpo inteiro, abre o roupeiro e pega a roupa que comprara para aquele momento. Um momento que, sequer, tinha certeza que aconteceria. Estende na poltrona do quarto, deixa cair a toalha no chão e percebe-se como que sonhando, temendo e tendo certezas ao mesmo tempo. Afinal, se ela disse que estaria sozinha é porque quer mais que um almoço no shopping. Seria hoje, seria amanhã, seria domingo? A semana foi a mais longa de sua vida. Mal conseguira trabalhar. Tampouco ligara para os amigos. Errou em quase tudo que fez e sem saber o que dizer aos clientes.

Vera chega da faculdade, toma um banho demorado, depila-se tranquilamente, trata dos cabelos com muito cuidado e observa-se no espelho enquanto cobre-se com a toalha. No quarto joga a toalha, está de frente ao enorme espelho. Entre a vaidade de um corpo perfeito e a insegurança de um primeiro momento eis uma mulher, cujo coração bate forte, intenso, iluminado pela luz do abajur. Coloca The Corrs no som e curte Only When I Sleep dançando nua como se estivesse levitando, de olhos fechados para embalar um sonho, na ponta dos pés, imaginado-se nos braços de um homem pela primeira vez... A deusa dos sonhos de um homem.

Joga-se na cama... "O que ele estaria fazendo agora?'' Murmura enquanto rola "what can i do to make you love me?". Veste uma calcinha de rendas e canta...

"love me, love me... No more waiting, no more aching. No more..."

Hélcio não suporta mais. É meia noite. A ansiedade o devora. Em meio aos medos de espanta-la e a vontade de jogar-se loucamente ele olha o aparelho querendo que toque... E toca. Em uma fração de segundos ele atende.

- Vem!

- Vou!

Um coração quase a explodir toca a campainha. A porta se abre lentamente. Por alguns segundos ele a contempla, parado. Vestido preto um pouco acima do joelho, alças finas, cabelos soltos, sandálias de tiras a mostrar os pés mais lindos que ele jamais havia visto. Quando diria de sua beleza ela faz sinal de silêncio e estende uma das mãos. Gentil e lentamente ele a toma pela mão e entra. Nada dizem, seus olhos falam intensamente.

Ela o leva para o centro da sala, coloca suas mãos em seu peito e as eleva até que esteja abraçada. E começam a dançar bem lentamente. Hélcio a segura pela cintura, coloca o rosto a sentir seus cabelos e se embriaga com aquele perfume delicioso. Naquele momento ele entende a mensagem: ''ela quer me conduzir''.

A música e a paixão os fazem esquecer do mundo à volta. Com olhos brilhando ela o beija no canto da boca e vai beijando até que suas línguas se encontram, enquanto abre sua camisa e com firmeza inesperada está a beijar o peito dele. Suas unhas quase o arranham. Sem que perceba ele está de costas para o sofá e ve-se sendo como que arremessado para trás. Cai sobre o móvel completamente dominado por uma menina.

Com olhar direto em seus olhos, Vera, começa a dançar e a despir-se. Tira uma alça, tira a outra, sem que o vestido caia. No balanço da música o vestido cai... A fera, domadora, estava oculta. Estava à espera de um homem que a fizesse surgir do mais obscuro de uma pureza que ela acabara de admitir, não era sua. Aquela menina não queria ser santa, não queira a castidade que impunha a si mesmo em nome de alguma coisa que nem sabia o porquê. Estava ali, completamente livre daquela que ela mesmo criara. Sim, queria abrir suas pernas e possuir aquele homem. Queria ser domada, queria ser submetida ao seu sexo. De dominadora a dominada, de pegadora a submissa, de ativa a passiva... Queria tudo daquele homem!

Vestindo apenas uma calcinha minúscula ela coloca um dos pés no peito dele, fazendo-o sentir a dor do salto da sandália. Senta-se sobre suas pernas e começa a cavalgar, sentindo o volume entre suas pernas enquanto ele beija seus seios. Desce e retira suas calças para suga-lo com uma intensidade que ele ainda não havia experimentado. A vontade dela refletia cada dia de espera.

Enlouquecido de tesão ela a pega pela cintura a coloca deitada no sofá retirando sua calcinha. Começa a beijar seus pés até chegar à sua xana, onde delicia-se percorrendo cada detalhe com sua língua. Deitado sobre ela, beijando-a intensamente e vendo-a contorcer-se de prazer a penetra.

Aquele momento segue entre amantes até quase ao amanhecer, quando adormecem cansados, apaixonados, mergulhados em prazer.

Silêncio!


domingo, 22 de setembro de 2013

A DOIS PASSOS DO PARAÍSO

(Continuação de RECONCILIADO CONSIGO MESMO)

Verinha havia passado o restante da semana com coração batendo forte, sem conciliar os pensamentos, sem concentrar-se nos estudos, em conflito sobre o quê fazer diante de algo tão forte. Ficara impressionada com aquele homem. Havia algo nele que a atraia. Das muitas fantasias que fizera nenhuma incluíra um encontro no estacionamento da faculdade, tampouco que tinha aquela aparência. "Seria demais imaginá-lo com exatidão...'', falava para si em meio a risos.

Sentiu vontade de revê-lo. Para tanto, movida da mais absoluta cautela, arquitetou um plano. Partira do fato que ele poderia ser mais um desses caras sem qualquer princípio, de maus hábitos e que queria apenas usa-la, brincar com ela. Poderia ser até um sequestrador, estuprador... Enfim, o mal em pessoa. Mas como saber suas verdadeiras intenções? Se era solteiro não perderia a oportunidade de festar num sábado à noite. Assim, decidiu telefonar à meia noite, pois estaria apenas começando uma bebedeira, por exemplo. Antes, porém, tratou de bloquear a identificação do número de seu celular.

Tremia ao ouvir o ''alô''. Não sabia ao certo o que dizer. Numa fração de segundos lhe ocorreu de dizer apenas ''sou eu''. Assim, se houvesse mais alguém ele poderia deixar-se enganar, denunciando-se.

- Meu Deus! Você ligou... Espera vou desligar a TV.

- Tá.

- Eu estava em dúvida se ligarias. Achei que fui tolo, que fui ridículo. Afinal, que louco faria aquilo em plena avenida? To nervoso! Como você chama?

- Luiza.

- Puxa... nem sei o que dizer exceto que você é linda!

A conversa se seguiu por alguns minutos. Sem que ela falasse muito. Queria senti-lo, queria perceber sua voz, queria que ele se mostrasse ao máximo. E assim, fez por alguns finais de semana com uma condição: não aparecer na faculdade. Queria apenas conversar. Se ele respeitasse suas condições seria um bom sinal. Com isso ela foi amealhando detalhes para que se sentisse segura e tivesse certeza de quem ele era.

Sabendo um pouco mais a cada ligação, sem jamais perguntar sobre esposa ou sua vida pessoal deixou que o papo fluísse. Num dia, durante a semana, resolveu ligar para seu trabalho, um teste, entre tantos que havia arquitetado. Afinal, estava atraída, mas não poderia agir de forma irresponsável.

- Por favor, gostaria de falar com a esposa do sr. Hélcio.

- Desculpe, mas ela não trabalha aqui e acho que eles estão separados. Disse a atendente.

Sentiu-se ainda mais segura de seus propósitos a ponto de dar seu nome verdadeiro para ele. Estava cada vez mais interessada naquele homem que parecia ser gentil, educado, alegre e maduro. Também passou a ouvir mais as colegas de faculdade sobre suas aventuras. Nenhuma manteve relacionamento com o da primeira transa. Apenas uma prima de sua idade ainda namorava o primeiro, mas também não era uma pessoa que a inspirasse. Foram dias intensos de muita observação. Porque estava decidida em se entregar, mas queria algo singular, não queria um guri inexperiente e afoito. Seria Hélcio?

Quanto mais o tempo passava mais Verinha o desejava. O próximo passo seria reencontrá-lo pessoalmente.

Como se tornara um costume telefonar no sábado resolveu não ligar, deixando para o domingo. Era 11h17, quando fez contato. Ora, um homem que tivesse algum compromisso com outra mulher não estaria disponível para um almoço em menos de uma hora.

- Oi, aconteceu alguma coisa? Você está bem? Perguntou Hélcio mostrando cuidado.

- Sim, estou. Vou almoçar no shopping. Vamos?

Novamente ela o surpreende. De tão arredia, de nem ao menos dar seu telefone, esse convite o deixa totalmente desconsertado. Com esse teste derradeiro estava convicta de que não se tratava de um homem atrás de uma amante ou algo parecido. Tinha conferido sobre seu trabalho e um pouco de seus hábitos sociais. Um festeiro não estaria em pleno sábado em casa. Contudo, seu coração estava dividido entre apenas conhecer o sexo com alguém diferente e assim ter um momento como suas amigas não tiveram, e ter um romance. Por sua vez ele sentia cada vez mais o peso da idade dela. Em alguns momentos pensava que seria uma maldade, pois deveria estar com rapazes de sua idade. ''Puxa, ela tem um ano a mais que meu filho. Poderia ser a namorada dele!'', pensava angustiado.

Ambos nervosos, encontraram-se conforme combinado. Alegres assim que começaram a relaxar, a conversa flui. Falam mais de suas vidas, dos estudos, do trabalho, das famílias. Hélcio está surpreso com a maturidade da menina. Enquanto ela fala ele observa aqueles lábios pequenos, as mãos suaves com unhas bem cuidadas e pintadas apenas com esmalte incolor, a pele perfeita e sem maquiagem, seu perfume doce, o modo discreto como se veste, o penteado simples e bem feito, os brincos pequenos e o sorriso... Ah, o sorriso dela. Que encanto.

Vera está gostando do olhar firme dele. Enquanto fala ela observa seus gestos. Seu bom humor é flagrante, sorriso largo, roupas despojadas sem querer impressionar, mesmo a calvície é simpática, seus assuntos são muito bons. Sabe que ele a deseja, mas percebe que não a olha como se a quisesse devorar. Há respeito. Sequer a tocou no braço ou, como alguns rapazes que vão logo pegando pela cintura. Não, ele apenas mantém-se próximo a ponto dela sentir seu cheiro de homem. Sua experiência é fascinante, pois fez muitas coisas que ela nem imaginava e que ao vê-lo comentar sentia-se atraída.

Ao se despedirem Hélcio a olha demonstrando, enfim, sua vontade de tocá-la. Vera percebe e também quer abraça-lo e beijá-lo. Todos os receios dela haviam sumido, pois somente um homem plenamente livre almoçaria com uma mulher em meio a tantas famílias num shopping. Somente um homem interessante seria cumprimentado por outras pessoas sem constrangimento algum. Casais vinham conversar. Que mais sinais ela precisava? Nenhum!

Naquela noite ela telefona, permitindo que ele saiba do número de seu celular, para dizer que gostou do encontro. Ele não esconde mais seu desejo e se declara apaixonado.

- Estarei sozinha no próximo final de semana...

(Continua)

RECONCILIADO CONSIGO MESMO

(Continuação de QUE MICO EU TO PAGANDO)

Hélcio acorda-se com o telefone tocando. Era seu filho querendo saber se iriam dar uma caminhada no final daquele sábado. Combinaram a hora e o local, sem muito mais. Despertado, levanta-se e vai lavar-se como de hábito. Diante do espelho passa a lembrar-se da semana e do que fizera para rever e falar com aquela menina. Um filme vem à sua mente, emoções diversas: ri de si mesmo, pergunta sobre sua própria sanidade, vê o tempo em seu rosto.

Estava havia quase um ano sem apaixonar-se. Sequer tinha namorado ''firme'' como pessoas de sua idade costumavam falar. Algumas marcas estavam muito fortes. Seu relacionamento de anos sucumbiu diante da traição de sua esposa. Da raiva para o desespero e, finalmente, começara a entender que ela apenas fora buscar a atenção que ele não dava. Por anos dedicara-se ao trabalho e não via nela uma amante, não via nela o seu tesão. Enfim, teve que assumir que não tinha como cobrar absolutamente nada porque teve vários casos paralelos ao casamento. Sua mulher não havia se vingado como elas costumavam falar. Ela apenas queria sentir-se amada. Queria sentir-se desejada e sentir o tesão da juventude.

Relutante, querendo reparar o pouco dos erros do passado, pega o telefone e liga para ela.

- Eu sei que errei contigo e não peço nada além de perdão. Reconheço que fui ruim para você e espero que estejas muito bem em sua nova vida.

Clarisse o ouve em silêncio. Havia sete ou oito meses que não se falavam. Ele se despede sem que dela nada ouça. Foi silêncio absoluto quebrado apenas por um ''obrigado'', com tom de espanto, ao final da ligação.

Chegando da caminhada que tivera com seu filho, colocada a conversa em dia, dadas as muitas risadas que costumavam dar com as coisas do dia-a-dia, voltou para casa. Era 19h32 quando olhou o celular ao entrar. Toma um banho, sente-se satisfeito por ver a casa limpa e por ter tido um dia muito bem aproveitado. O fato novo, sentindo-se bem por estar leve com o pedido de desculpa para com sua ex, decide ficar em casa, mesmo sendo um ''dia de festa''. Coloca Dizzy Gillespie no som, estende a toalha, faz um café, aquece o leite e coloca fatias de pão integral para torrar para comer com requeijão. Enfim, um lanche tranquilo, reconciliado consigo mesmo e com um copo de suco de pêssego, dá um suspiro de satisfação.

Da locadora trouxe alguns filmes e, atirado na cama, assistiu-os quase sem parar, exceto para abrir uma cerveja e preparar um petisco de queijo e pepino em conserva. O celular toca, sem numero identificado. ''Telemarketing à meia-noite?'', pensou.

Não! Era ela...

(Continua em A DOIS PASSOS DO PARAÍSO)

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

QUE MICO EU TO PAGANDO!

Continuação de ERA TODA CERTINHA.

Dias intermináveis se seguiram àqueles dois momentos em que ambos surpreendem-se um com o outro. A imaginação, quase incontrolável, mistura-se com o medo da rejeição e de não mais se verem. De um lado uma menina doce e inexperiente. De outro um cara maduro, experiente e igualmente inseguro. Até para as motos mais improváveis, nas esquinas mais improváveis, nos horários mais improváveis, ambos olhavam em busca do reencontro.

Hélcio passou a pensar no que fazer. Dentro das possibilidades estava que ela poderia fazer faculdade. Ora, quantas haveria numa cidade de quase 190 mil habitantes como Itajaí? Nunca imaginou que se preocuparia em saber disso. Contudo, esse foi seu plano A. Depois, caso não desistisse dessa insanidade, faria um B.

Naquela semana ficou três noites seguidas no estacionamento da Univali. Tinha que começar pela maior. Chegava às 18h40, esperando a onda de motociclistas até por volta das 19h15. Eram 35 minutos achando-se ridículo, querendo desistir, olhando o celular ou ligando para um amigo para passar o tempo que lhe pareciam horas. Quando prepara-se para ir embora naquela quarta-feira é abordado por dois dos vigias. Sua atitude chamara a atenção da segurança do Campus. Constrangido, conta a verdade. Os caras riem, pedem se pode mostrar seus documentos, e falam com firmeza para que não voltasse.

Naquele dia ela não tem as primeiras duas aulas. Mas decidira chegar um pouco antes para as cópias de livros para as provas de semana seguinte. Nos intervalos, ou um pouco antes das aulas o ''xerox'' era sempre muito disputado. Portanto, aquele período seria ótimo. Ao estacionar não dá atenção ao que se passa. Era apenas mais um motociclista conversando com os amigos da segurança, pensou. Afinal, vigia com moto não faltava. Está distraída com a rotina dos mesmos movimentos, dia após dia, naquele local. Guarda o capacete debaixo do banco, confere os cabelos no espelho e confere se há alguma chamada no celular.

Ao virar-se para seguir à biblioteca toma um susto. Está de frente com um homem que sorri para ela. Não o conhece, não o reconhece. Nunca tinha visto, achava. Um meio segundo de hesitação e ele estende uma rosa.

- Desculpe, eu não sei o que dizer. Sou o motociclista que...

- Eu sei quem você é! Ela o interrompe, olhando a rosa.

Movida da mais absoluta insegurança não o olha nos olhos até que resolve pegar a flor. Com movimentos leves leva-a ao rosto, sente seu cheiro suave, fecha os olhos e agradece. E agora? O quê fazer? O quê dizer?

- Obrigada pela gentileza. Agora tenho que ir.

- Tudo bem. Não quero atrapalhar. Fala com voz um tanto embargada, estende um cartão de visitas, dando um passo para o lado para que ela seguisse.

Verinha se vai sem dizer um ''tchau''. Neste momento o mundo desaba em sua cabeça. Sente-se o pior dos homens. Tem a impressão que a torcida do Flamengo está olhando e rindo de sua cara. "Que mico eu to pagando!", pensa enquanto vai para sua moto sob o olhar atento dos seguranças que estavam a uns metros. Sobe em sua moto e diz a si mesmo, com a fé de quem quer um milagre: "Ela vai ligar! Pegou o cartão...".

terça-feira, 20 de agosto de 2013

ERA TODA CERTINHA

As histórias que contamos para os amigos e amigas são sempre as diferentes, as melhores, as inusitadas, as pouco prováveis, as surpreendentes. E muito mais nas histórias de sexo. Quem falaria do incrível ''papai-mamãe'' que fez com o esposo?

Hélcio estava a caminho de uma loja para verificar alguns produtos que queria comprar. Era do tipo que conversava muito com os vendedores, de duas ou três lojas, para fazer uma média das informações sobre o que desejava adquirir. Parou no sinal com sua moto e viu que atrás para uma garota em sua Biz. O rosto da garota reluziu para ele. Jeitinho claramente de tímida, óculos grandes, toda certinha, empinadinha. Parecia saída de uma revista. Virou-se elogiou-a. Imediatamente ficou ruborizada e desviou o olhar. No próximo sinal que pararam ele ficou ao seu lado, pois tratara de deixar que o ultrapassasse. Novamente a elogiou.

- É bom receber um elogiou né. Faz bem pro ego...

Ela agradeceu ainda mais envergonhada. Aquele sorriso o deixou absolutamente encantado.

Bem, não fora a primeira vez que fizera tal Gesto. O rapaz gostava de expressar esse tipo de gentileza, pois sabia que fazia bem. O cuidado era para não ser do tipo ''tarado'' que causaria rejeição. Se bem que, com um capacete na cabeça, em meio ao trânsito, que diferença faria? Para ele fazia.

O tempo passou e esqueceu do que havia feito. Porém, essa história não seria escrita se acabasse assim. Passados 11 dias, mais ou menos no mesmo horário, lá estava ela na Biz, tímida, óculos grandes, toda certinha, empinadinha. Ah, e o cabelo liso, castanho, alguns centímetros sobre as costas. Mais ousado, com todo o risco de abrir o sinal, desce da moto, ajoelha-se no asfalto e, de braços abertos, grita "Você é linda!".

Verinha espanta-se, avermelha, treme dos pés à cabeça, sente um calorão subir-lhe as costas, as mãos suam dentro das luvas... Não sabe o que fazer. ''Quem é esse louco?" Pensa, morrendo de curiosidade em meio ao medo.

Jamais imaginara que isso poderia acontecer. De tão reservada achava-se invisível a ponto de não namorar. Bem, tivera apenas um momento aos 17 anos. Estava com 19 e ainda não tinha experimentado o sexo que, nas noites ardia sob o lençol. Tinha medo dos homens, tinha pudores, não queria ser ''igual a umas e outras'', conforme sua mãe tanto falava. Poucas amigas, mergulhada em livros e quitutes de final de semana. Gostava de filmes biográficos e nunca vira qualquer coisa mais ousada, como as colegas de faculdade que alugavam filmes pornográficos aos sábados à tarde em meio à muitas risadas. Pelo menos é o que diziam fazer.

Ah, seria um homem interessante? Qual sua idade? O que faz? Trabalha? Estuda? Que livros lê? E se fosse um safado? Mas a voz parecia tão gentil e forte. Gostara do estilo dele. Gostara até da moto dele. Gostara muito mais do que fizera, da ousadia, de não ter vergonha, de não importar-se com o que diriam os demais. E quando faria isso novamente?

O tempo, impiedoso, passa e Verinha, no mesmo trajeto, dia após dia, ansiava por ser alvo de tão bela declaração novamente. O sono demorava a chegar desde aqueles dias. Fizera mil imagens dele. Em seus devaneios já jantara, passeara pela praia, contara as estrelas e, num gesto quase inconsciente de abrir suas pernas, desejava sexo. Como em poucos momentos vinha acariciando-se com tanta intensidade. Definitivamente, algo tão singelo e rápido, tinha mexido tanto com sua vida.

E o que fazer para encontrar novamente aquela ''deusa'' se não poderia seguir no mesmo horário todos os dias até que a encontrasse novamente? Sim, na primeira vez foi algo como que ''sem querer'', mas duas vezes em tão pouco tempo era como um chamado do Olimpo. Não havia outra forma, tinha que tentar a coincidência mais deliberada possível.

Contudo, o que um homem de 41 anos poderia querer? Depois daquele segundo encontro dizia a si mesmo: ''Para com isso. É uma criança...". O que parecia uma brincadeira tornou-se um delicioso tormento. Que loucura poderia ser maior que investir nisso e ver nos olhos dela, aqueles olhos negros, a mais absoluta decepção. Ela deveria imaginar um garotão de olhos verdes e cabelos loiros. Claro, para variar fazia o ideal dela muito diferente de si. "Eu raspo a cabeça pra disfarçar a calvície!", dizia a si mesmo numa tentativa de desistir da ideia.

- Cara, fiz uma brincadeira e to ficando meio doido. Disse Hélcio a um amigo bebendo uma cerveja no Mercado Público em Florianópolis.

- Sei lá mano... Tem cada doideira na vida. Vai que que rola?! Na próxima vê se pega a placa, seu porra!

(Continua em QUE MICO EU TO PAGANDO)

domingo, 18 de agosto de 2013

INSACIÁVEIS

Este texto é o final a partir de A INSACIÁVEL.

Rafael sabia que ela seria um desafio. O mesmo pensava Flávia dele, mas estava decida após conhece-lo pessoalmente num encontro que dera um jeitinho de providenciar, ''sem querer'' obviamente. Nessas horas pinta uma insegurança muito grande em ambos. Ao mesmo tempo o novo faz a mente delirar, o coração bater mais forte, o corpo esquentar ao mesmo tempo que o tal frio na barriga aparece. A mistura de sentimentos ronda suas mentes e o desejo aumenta a cada conversa, a cada silêncio. Um percebe a respiração do outro, mesmo ao telefone. O diálogo, naqueles momentos em que falam de trivialidades do trabalho ou do dia-a-dia, não esconde o que pensam. Aliás, pensam em sexo o tempo todo ao falarem da cor do carro, dos filmes e atores que gostam. No fundo, ou no raso, querem é falar de sexo, querem fazer sexo.

Como seria aquela boca, o que fariam aquelas mãos, por onde passariam suas línguas...

Cuidadosa, Flávia  tem muitas informações sobre Rafael. Encontra-se, de certa forma, segura de que não está diante desses caras nojentos que adoram falar de suas conquistas em meio a muita cerveja. Sente-se à vontade para desejá-lo. Por sua vez ele quer aquela mulher por sua beleza, porque havia feito o amigo desistir e porque não era dessas garotas frívolas, bobinhas, que olham através dos rapazes como se fossem invisíveis.

- Eu nunca me senti assim. Disse Rafael num lampejo de sinceridade um tanto tola.

Afinal, essa dela ser a "primeira" beira um clichê medonho. Contudo, clichê ou não, era o que havia em sua mente. Suas experiências anteriores foram muito boas, algumas pelo menos, sem que tenha feito algo que o surpreende-se de fato. Havia transado com mulheres deliciosas em vários aspectos. Lembrava com saudade de momentos muito loucos, como o que experimentou aos 19 anos ao transar com a amiga de sua mãe dentro de um ônibus, durante a madrugada, entre São Paulo e Curitiba. Ou da vez que dirigiu por toda a avenida Assis Brasil, em Porto Alegre, recebendo sexo oral, em plena hora do "rush". Viagens em vários sentidos...

- Calma que estamos apenas conversando. Flávia deu a famosa sacudida de arrumação.

Em seu íntimo ela alimentava a vontade de ser pega por um homem com atitude de homem, com força e suavidade ao mesmo tempo. Um cara que a olhasse nos olhos e a beijasse de várias formas. Que não achasse que a transa se resumisse em chupadas e no tamanho de pinto. Claro que suas experiências, algumas pelo menos, foram interessantes. Curtiu muito com o cara que a chupou no elevador, dos momentos que passou num set de gravação de filmes pornôs e das boas risadas que dera com os atores e suas histórias hilárias. Ria sozinha quando pensava no quanto sexo poderia ser engraçado. E como esquecer da viagem à Grécia e do que foi incrível transar vendo o mar azul que banhava Creta. Sentira-se uma deusa...

- Flávia, quero me encontrar com você, mas não será num motel, ou na sua casa. Não! Quero que seja inesquecível. Eu não aguento mais de tanto tesão e quero que não seja apenas mais um encontro.

- Também quero! Estou enlouquecida. Ouvir a tua voz me deixa molhada...

Naquele final de semana ficaram apenas um para o outro. Rafael aluga uma pousada em Governador Celso Ramos, próximo a Florianópolis, sem que ela soubesse para onde iriam. Era uma pousada de apenas um quarto, banheira com vista para o mar em meio à vegetação, lareira, ambiente rústico... Perfeito para o momento.

Ele abre a porta do quarto e a surpreende com um tapete de pétalas vermelhas, o vinho estava à mesa e um presente sobre a cama. As cortinas balançavam com a brisa enquanto o sol lançava sua mensagem. Flávia para na porta por um instante. Seus olhos brilham, seu corpo treme, sente sua 'xana' aquecer-se ainda mais, sua boca saliva e morde os lábios. Rafael sorri, entra, pega em suas mãos e leva-as à boca, beijando suavemente, tocando-as com sua face e a trás para seu corpo. Beija-a na boca e com o pé fecha a porta.

Beijam-se enlouquecidamente enquanto suas roupas perdem-se pelo chão. O cheiro das rosas, a brisa, o calor dos corpos... Ah, entregam-se à paixão, ao sexo sem limites, sem horários, sem pudores para saciarem-se.

domingo, 4 de agosto de 2013

O INSACIÁVEL

Este texto é a continuação de A INSACIÁVEL.

Havia três semanas que estava sem sexo - uma história de sexo de às avessas. Muito tempo, depois que resolveu viver sua sexualidade. As últimas duas experiências de Flávia haviam jogado um balde de água fria em sua libido. Sentia-se num limbo, numa espécie de desconexão sexual, uma distância de si mesma, algo que não sabia explicar. Eram dias diferentes, estranhos. Estava sem reconhecer-se. Havia deixado de perceber o perfil de homem que desejava? Desaprendera? Ou aqueles dois haviam enganado-a a tal ponto que deveria reavaliar sua sensibilidade feminina? Enfim, eram dias de filmes aos sábados à noite e sextas-feiras de tirar o pó dos livros.

Naquele sábado à tarde foi para o note verificar e-mails e achar algum papo no Twitter ou Face, depois da arrumação do armário de tranqueiras, escolher roupas para doar e jogar papéis no lixo ("Puxa, como guardo coisas!", disse como se houvesse alguém ouvindo). Aliás, lá se iam 10 dias sem se conectar, outro ''absurdo''. Mensagens e mais mensagens de amigas no Facebook e alguns pedidos de amizade. Três exatamente (até isso andava devagar). Duas amigas de amigas, pouco conhecidas de balada e um rapaz. Não o aceitou sem antes olhar bem seu perfil. Nada demais, boa formação, mas nada que chamasse sua atenção, exceto pelas muitas fotos em trilhas e cachoeiras. Era um ponto absolutamente positivo para ela, pois mostrava um cara saudável, que curtia mais que cerveja e futebol. Além disso, tinha um físico interessante, sem ser exibido.

- Bem, desde que não seja um desses caras que só sabe falar naquilo que ele mesmo faz... Vou arriscar!

Minutos se passaram e ele fez contato. "Hummm, rapidinho esse guri!", falou consigo em meio a uma risadinha.

Quis ser atenciosa e ver até onde ele iria. Afinal, não seria um contato apenas para amizades. Conhecia muito bem essas investidas. "Os homens não são muito diferentes nesse caso'', pensava. Gostou do papo e procurou corresponder como quem lança isca. Apenas teve o cuidado de manter-se reservada, conversar trivialidades, trabalho e até culinária, sem perceber que havia teclado com ele por mais de duas horas.

As semanas se seguiram e o que começou como um ''lança uma isca'' passou a ser interesse, desejo. Sequer notara que ao final de um dia de trabalho percebeu-se querendo falar com ele, abrindo imediatamente o Face ao chegar em casa na expectativa de trocar mensagens.

Curiosa perguntou a algumas amigas se o conheciam. Uma delas, do tipo desbocada, disse que o conhecia. E foi direto ao ponto: um insaciável!

Sem entrar nos detalhes de seu próprio interesse nele, quis saber o que a amiga queria dizer com ''insaciável''.

- Ai, Flávia, saí com o Rafael duas vezes. Num final de semana que ficamos num hotel em Gramado - baixa temporada né - eu fiquei dolorida... kkkkkkkkkkkk..."

- E por que não estão juntos?

- Nossas vidas não combinavam. Ui, fazer trilhas é coisa de louco. Eu quero shopping nega! Acho que isso o fez desistir de mim. Ah, sei lá...

Em seguida foram tricotar sobre outras coisas. Mas Flávia soube o que precisava. Bastava conferir pessoalmente como ele era. Para tanto, como numa das conversas de culinária ele havia dito onde almoçava e o que costumava servir, aproveitou para um ''encontro casual'', tipo totalmente sem querer. E assim fez.

Depois daquele almoço chegou em casa decidida a avançar mais. Queria sexo com ele.

(Continua em INSACIÁVEIS)

domingo, 21 de julho de 2013

A INSACIÁVEL

Papo de homem passa pelas gostosas e pelo tanto que ''comem''. Numa conversa com um amigo, Rafael ouviu o inacreditável: "Sabe a Flávia? Não conheci mulher pra gostar tanto 'da coisa'. Não dei conta..." Por um segundo ficou pasmo. Que homem diria isso? Mas no mesmo segundo o pensamento mudou para ''que mulher é essa?". Não a conhecia pessoalmente, mas uma indicação dessas não poderia passar despercebida. Foi ao perfil dela, olhou calmamente as fotos, os detalhes, o tipo de foto. Sim, o tipo de foto mostra mais que a foto em si... Não parecia uma ''atirada'', exceto por uma ou outra pose um tanto desafiadora. E... Nenhuma foto com um homem ao lado! Como não custava nada, levando em consideração que poderia ser uma pegadinha do amigo e a moça ser lésbica, tal a ausência de homens nas fotos, fez a solicitação de amizade, aceita em pouco mais de duas horas.

Eis outra dúvida: como chegar ao sexo e se poderia chegar. Tomado de coragem puxou papo com aquela morena bonita de 29 anos, que mostrava curvas generosas e que o fascinara. Afinal, poderia ter o maior fogo do mundo, mas se não tivesse alguns predicados físicos jamais se interessaria. Ele era um tanto seletivo ao contrário do seu amigo que topava todos os perfis.

No primeiro contato ela foi cordial, parecia alegre. Falaram de coisas do trabalho de ambos e terminou com um ''abraços''. Nenhuma surpresa. Uma semana e nova tentativa. Algumas amenidades sobre cursos de aperfeiçoamento profissional e um singelo elogio à beleza dela. Ela retribui o elogio de forma simples, quase como uma obrigação. Até aqui mais dúvidas que certezas. Mais alguns dias, a terceira conversa e um ''o que vais fazer neste final de semana?". Nada em comum, nada que sugerisse um encontro. Quarto dia de papo e uma palavrinha sobre relacionamentos. Quinto dia de papo e a palavrinha sobre relacionamentos foi um pouco além, passando pelas formas de carinho. Passa-se mais uma semana. A estratégia dele ficou clara: papos a partir de sexta-feira à noite. E o sexto dia de contatos. Finalmente, falaram de sexo. Contudo, num clima amistoso, focado na vida conjugal que ambos tiveram no passado.

Enfim, para surpresa dele encontraram-se por um acaso, não muito acaso, na praça de alimentação de um shopping da Zona Sul. Foi então que perceberam que poderia haver alguma coisa entre eles. Sim, ambos perceberam. No outro dia, e ela veio com um ''gostei de conversar com você ontem". Desta vez optaram por ligar a webcam, já que o contato pessoal havia quebrado com o gelo de vez.

Ele teve o seu primeiro desejo, o de falar de histórias de sexo com ela, satisfeito a ponto de expressarem seus desejos, o que gostavam de ''fazer''.

Naquele momento ele só pensava em como seria sexo com uma mulher considerada insaciável...

(Continua AQUI)

quarta-feira, 3 de julho de 2013

O CHALÉ PARECIA PEQUENO

Ela aproveitou os óculos de sol para observa-lo. Ele também. Ambos sabiam o que cada um fazia. Entre uma virada de rosto e outra. Seus olhos queriam se ver. Contudo, ela havia determinado o silêncio. Na mente dele as dúvidas: "Ela ainda me deseja como antes? Ela ainda quer aventurar-se? Seria tão orgulhosa que não deixaria escapar seus desejos depois dos desencontros das palavras?" Quanta dúvida!

Estavam entre amigos, num grupo grande. Seus cônjuges nada suspeitavam, já que eram todos amigos e diante deles tudo parecia normal. Sorrisos, beijos de cumprimento, os maridos batiam os mesmos papos, as esposas sempre muito alegres uma com a outra. Nada, nem um gesto sequer, denunciava o furor que haviam experimentado, até uns dias.

Essa paixão começou tão por acaso que nem ao menos houve uma data. Apenas sabiam que o primeiro beijo fora roubado, que jamais esqueceriam onde foi, muito menos como foi. Depois disso haviam se encontrado uma vez num momento absolutamente tórrido.

Onze dias atrás...

Ele estava no escritório, em meio aos problemas comuns e entediantes, quando o telefone toca. Não reconheceu o número, mas atendeu como sempre fazia:

- Alô, Mauro falando.

- Vem, te quero agora!

Seu coração dispara. Reconhecera aquela voz apaixonante. Segundos de silêncio e a resposta que ambos queriam. Seria aquela história de sexo que imaginara?

Saiu em disparada. Nem esperou o elevador, desceu como louco a escadaria. Nem ao menos pensava nos riscos do que estava acontecendo. Pensava apenas naquela mulher incrível que há muito desejava. Nem por um segundo o risco pesava. Estava mergulhado em seus desejos e em como disfarçar até que estivessem em segurança.

Encontraram-se e seguiram no carro de Mauro. Estavam em silêncio. Não sabiam o que dizer e tampouco importava naquele instante. O sítio de Janaina ficava a uns 30 minutos de onde estavam e por este tempo permaneceram assim, apenas se olhando com um leve sorriso. Como que quebrando o silêncio ela leva sua mão sobre a dele numa troca de marcha...

Ao chegarem fitaram-se, beijaram-se com paixão e foram para o chalé.

Mauro entra, vira-se e estende a mão para Janaina que se lança em seus braços. Beijaram-se enlouquecidamente, quando ele desce para seus seios soltos por baixo do vestido curto, que cai aos seus pés como se fosse uma toalha. Estava nua. Beijava seu corpo e acariciava aquela bunda deliciosa ali mesmo, próximos à porta. Ela agarrava os cabelos dele de tanto tesão. O chalé parece ser pequeno para tanto desejo.

Ao erguer-se, já sem camisa, Janaína começa a beijar seu peito, pondo as mãos por dentro das calças, sentindo aquela bunda carnuda. As calças dele viram tapete e ela se delicia levando-o à loucura ao colocar tudo em sua boca. As mãos dela não fazem qualquer cerimônia por onde passam e alcançam. Ao levantar-se puxa-o para o sofá e o joga como uma dominadora. Começa a beijá-lo pelas cochas enquanto o masturba até que volta a faze-lo sentir sua boca onde mais deseja.

Em pouco tempo ela está cavalgando e gemendo como há muito não fazia. Ele vê aqueles seios que fizeram parte de muitos de seus sonhos. Lindos, perfeitos, deliciosos... Beija-os, chupa e mordisca. De súbito segura os cabelos dela com firmeza e ergue-se e num movimento a coloca de quatro, penetrando-a com força. Ela está num frenesi de não conter seu quadril querendo ser ainda mais possuída, tendo gozado pela segunda vez.

Cansados, tendo Janaína experimentado o sabor de sua própria a xana no membro dele, molhada e gozado várias vezes, enfim ele sente que é seu momento de explodir de tesão, jorrando sobre seus seios. Ela acaricia seus seios com seu membro, espalhando o gozo. Suado deita-se sobre ela, sorri, fita seus olhos e beijam-se como apaixonados.

Repetiriam aquele momento? Ah... ela permanecia em silêncio, olhando pelo óculos de sol.

domingo, 16 de junho de 2013

UM BRINDE

Foi diferente...

Curtiram algumas postagens de amigos em comum, alguns comentários com opiniões convergentes e adicionaram-se. Os papos começaram em seguida e a admiração um pelo outro cresceu rapidamente. No início eram os filmes, os livros, os locais que costumavam ir, as viagens, os gostos em geral. Contudo, Jeff gostou dela logo ao ver as primeiras fotos. Aquele sorriso encantador e o modo como se vestia o atraíram imediatamente. Não importava o penteado, ou a cor do cabelo, tampouco se estava com um jeans ou um vestido para a noite. Atento aos detalhes observava até as cores de esmalte e o estilo das sandálias, quando possível. Ela era elegante ao ponto dele tirar um tempo para ver suas fotos demoradamente. Pensava muitas vezes: "Essa boca nem precisa de batom de tão linda..."

Num primeiro momento ele não chamou a atenção de Vânia da mesma forma. Mas aos poucos passou a observa-lo e com maior intensidade. Suas preferências por homens não eram tão rigorosas como a de algumas amigas, mas tinha alguns detalhes que não abria mão. Um deles: marombeiro fora! E Jeff era desses caras que apreciavam uma boa leitura, mais que músculos. Seus comentários traziam algo de observador e bom humor. "Uma boa risada também é afrodisíaco", comentava.

Surgiu o primeiro encontro. Foram a um barzinho, beberam uns drinks, conversaram amenidades, muitas risadas, histórias da infância e da faculdade. Em alguns momentos aquela inclinada clássica para a frente que Vânia fazia a denunciava. Mas nada mais claro que o olhar... Ah, o olhar... Naquela noite nada além de uma agradável conversa. Ele havia decidido em seu íntimo que aquela garota merecia um tempo para sentir-se segura e que não seria afoito, mas deixaria levar-se pelo tempo dela. Queria conquista-la através de sua própria iniciativa. Quem estava no controle para escrever uma história de sexo? O sentimento de ambos!

Passaram a semana conversando ainda mais. Desta vez ao telefone.

A semana foi demorada. Queriam se ver logo, queriam o sábado em suas vidas, queriam mais que o olhar, queriam sentir seus corações.

Naquele sábado o jantar na casa de Vânia, preparado por Jeff, tinha requintes de romantismo. Mas não se preocuparam em se vestirem bem, queriam a simplicidade do aconchego do lar, de falar de temperos, de notarem como se comportavam, seus gostos, suas histórias com as receitas das vovós, essas coisas de família. "Como é mesmo que se coloca os talheres? O garfo é à esquerda ou à direita?"

Mesa servida, pratos servidos, um brinde à vida!

Mas ele guardou uma surpresa. Ao terminar o jantar e beber mais um pouco do vinho levantou-se e colocou Damien Rice no som e chama-a para dançar. Vânia se levanta olhando em seus olhos. Com um leve sorriso ele estende as mãos e a acolhe em seu peito. Ao balanço delicioso da música se beijam, se tocam, se despem, se amam...


segunda-feira, 10 de junho de 2013

SORRIAM COM OLHAR SAFADO

Ambos estavam tranquilos em suas relações conjugais. Seus casamentos não eram nenhuma história de aventuras, mas também não tinham motivos para reclamações. Monótonos, talvez. Mas nem isso ousavam pensar. Por vezes, Theo dizia para amigos: "Prefiro a paz do que aventuras!". Mariza, por sua vez, tinha alguns desejos que o marido relutava, conforme o momento. Noutros ela mesma era a relutante. CoisaS que não a levavam senão a umas raras reclamadas. Tudo muito tranquilo.

Mariza, 32 anos, admirada pelas amigas pelo corpo esguio, pernas torneadas e bumbum de fazer inveja, enjoada da rotina da academia foi para as ruas, começou a fazer corrida. Treinava três vezes por semana numa avenida próxima ou nas trilhas do sítio da família em Santo Amaro da Imperatriz, próximo a Florianópolis, nos finais de semana. Não demorou muito em conhecer grupos de atletas e se encantar pela possibilidade de correr em eventos. Uniu-se a um grupo formado por pessoas de várias idades e profissões, com a saúde e o gosto por corridas em comum. Todos muito amáveis. Foi ali que conheceu Theo, 44 anos.

Homem de risada fácil. Logo chamou a atenção pela desenvoltura em vários assuntos e pelo corpo muito bem cuidado. Bater papo com ele passou a ser um dos momentos dos encontros de treinamento. Atencioso, tomava a iniciativa de amarrar os cadarços de qualquer um, de esperar os cansados, de dar dicas de alimentação e rir das próprias limitações. Enfim, era o boa praça da turma. Sua falta era sentida e passou a ser ainda mais sentida, mesmo quando de um mero atraso.

Trocaram e-mails, começaram a ''curtir'' as fotos do Facebook um do outro, conversas inbox sobre o esporte, família, trabalho, filhos e trivialidades. De um contato por dia a vários. Não demorou muito para aquecerem o papo e histórias de sexo passou a ser tema recorrente. Das confissões de fantasias à primeira troca de olhares e aquele silêncio de quem quer dizer algo e teme pela exposição. Em pouco tempo disseram um ''senti sua falta...'' e outro ''pensei em você neste final de semana...''. Foi então que Theo tomou a iniciativa de confessar seus sentimentos, ainda que temeroso.

Para surpresa dele Mariza foi além. Declarou que estava com tesão por ele e tratou de apimentar ainda mais os papos. Mandou logo uma foto de biquíni na praia e outra ''essa é para você!". Enlouquecido ele, mesmo com um certo constrangimento, entrou no clima e fez fotos ousadas. Das fotos para a webcam tarde da noite foi rápido. E a possibilidade de um encontro começou a amadurecer.

Aproveitando uma consulta de rotina ao médico ela pediu que ele fosse ao mesmo prédio do consultório para encontrarem-se nas escadarias. Foram pontuais. Lá estavam às 9h40, com as devidas desculpas no trabalho. Chegaram um pouco antes da consulta e ela atrasaria um pouco para terem, pelo menos, 15 minutos de intimidade sob a tensão do flagrante.

Beijaram-se loucamente, trocaram carícias e olharam-se nos olhos com aquele sorriso de quem sabe que está fazendo algo que não pode ser descoberto.

Como não poderia deixar de ser o grande dia chegou. O marido de Mariza viajou e ele forjou uma saída do trabalho um pouco antes do seu horário de almoço, coisa que nem chamou a atenção pois eventualmente o fazia para atender interesses da própria empresa. Rumaram para Biguaçu e entraram com seus carros no Motel 2001, para uma suite com duas vagas na garagem.

Os beijos enlouquecidos começaram ali mesmo, antes de entrarem na suíte. Mal fecharam a porta e peças de roupas ficaram pelo chão. Seus corpos estavam ansiosos um pelo outro. Suas mãos insanas percorriam cada detalhe, cada curva, cada segredo. O tesão tomou conta de ambos como há anos não sentiam.

Ao gozo, jogados na cama, suados de prazer, sorriam com olhar safado.

Como essa história terminou? Não terminou...

quinta-feira, 23 de maio de 2013

A DONA DA CASA

Era o ano de 1902, sim, 1902. Tempos em que a intimidade era ainda mais íntima e os desejos sublimados ao máximo. Mas não para todos.

Casada havia sete meses, marido dos sonhos (da época, pelo menos), casa ampla, empregadas, Constância desfrutava do melhor que o mundo poderia dar a uma mulher, ainda mais na capital do Brasil, o Rio de Janeiro. Contudo, descoberto o sexo com o marido, sentia-se estranha. Se pegava querendo muito mais, nas horas mais ''inapropriadas''. Passara a sonhar acordada e demorava mais no banho que quando solteira. Ficava ruborizada consigo mesma ao olhar a praia, as areias, e imaginar-se nua, sendo possuída. De onde tirava aquelas alucinações?

Não bastasse seus delírios vez ou outra surpreendia aquela mulata de uns 25 anos falando com a outra empregada sobre alguma coisa com seu homem. Elas paravam de rir e cochichavam quando a patroa se aproximava. Num primeiro momento irritou-se, mas logo a curiosidade tomou conta.

Foram-se meses até que, vencida a timidez, mesmo em relação às suas serviçais, resolveu perguntar para Sebastiana o porquê daquilo. Os olhos negros não esconderam o espanto. O nervosismo tomou conta. A filha de escravos libertos estava diante de uma branca, alva como a pura lã, que havia percebido algo proibido: falar do que um casal fazia no quarto (... e fora dele).

Trêmula tentou escapar. Contudo, a insistência da dona da casa a fez inciar com muio medo.

- Senhora, comentamos sobre nossos homens.

- Como assim?

- Ai, senhora...

- Pode falar. Eu quero saber!

- Ah, das nossas intimidades.

Neste momento Constância para. Não sabe o que dizer. O que fariam que ela não sabia? Ou de diferente a pouco de gostarem tanto de comentar. A conversa é interrompida sem mais uma palavra. Sebastiana viu-se dispensada. Coisa que não ocorrera daquela forma, ainda.

A serviçal ficou tensa e pensou que haveria de perder seu trabalho. Tão difícil foi consegui-lo...

Mais uns dias e a patroa volta ao assunto. Desta vez não foi na sala, mas no quarto. Chamou-a, trancou a porta, sentou-se na cama e pediu que Sebastiana também se assentasse com ela. Em questão de dias a relação, antes absolutamente distante, tomava contornos inimagináveis.

- O que são essas intimidades?

- Senhora... tem certeza que quer saber?

- Sim... É nosso segredo.

- Senhora, ficamos nus, nos tocamos, nos beijamos... Ele faz coisas comigo! - Fala sorrindo, com um misto de vergonha e excitação. Nem sabe ao certo o que pensar ao mesmo tempo que gosta de dizer o que faz com seu homem. Só que até ali era apenas com a amiga de trabalho.

De súbito Constância sente um calor intenso ao ouvir mais detalhes. Seu marido jamais a tinha feito ficar de quatro... O que? Por a boca nas partes um do outro? Mas diante dos detalhes assustadores Constância sente suas partes molharem, sente desejo, sente vontade de experimentar. Leva suas mãos trêmulas ao pescoço. Sebastiana percebe o que está acontecendo e se sente mais à vontade para falar, mantendo o que considera respeitoso.

- Ele me pega, passa a língua em mim... Passa suas mãos por tudo... Conta histórias de sexo...

A patroa, de súbito se levanta e sai do quarto, caminha agitada e rápida pelo corredor, cruza um canto da sala, passa pela cozinha, indo para a varanda de trás da grande casa. Seu coração bate muito forte, quando vê o homem da empregada que também os servia. Não tinha percebido aquele negro, não tinha notado nele, não tinha visto seu corpo com tão poucas roupas, suado, como passava a ver neste momento. Era forte, de olhar marcante e boca carnuda.

Que dias se seguiram... Como falar com o marido? O que ele iria pensar? Aceitaria fazer diferente? Ela o amava, queria com ele mais que estava recebendo.

Antenor chega de viagem de quatro dias a São Paulo. Cansado, pede um banho quente, aproveitando que havia uma brisa fresca do mar naquele anoitecer de junho. Constância dispensa as empregadas, ela mesma coloca os baldes para aquecer no fogão. Não se importa em colocar a lenha para queimar, tampouco em ter seu vestido respingado pela água. Ele quer se despir no quarto de banho com a porta trancada, abrindo apenas com a voz da esposa, mas fica em dúvida em como agir. Acha estranho que ela esteja fazendo o serviço, mas não a questiona.

Ao terminar de colocar a água na banheira vira-se para seu homem e diz para se despir. Com um certo constrangimento ele atende e entra nu na banheira. Ela está de pé diante dele e o olha com um leve sorriso. Lentamente começa a abrir seu vestido até que o deixa cair sobre os pés. Está nua diante dele. Calado, não se mexe, não pisca, não reage.

Constância entra lentamente na banheira... Suas noites nunca mais foram as mesmas!

segunda-feira, 20 de maio de 2013

A RUIVA DO CAIXA E AS BATATINHAS

A primeira vez a gente nunca esquece, sempre rende uma boa história de sexo, ainda mais quando é coisa fora do comum, que tem algo a mais que um amasso que virou transa no sofá, num sábado à tarde, ou no carro depois da balada. Com Alan o momento foi muito além e, passados quase 10 anos, ele ainda se lembra com muito tesão.

Estava na adolescência e louco para transar pela primeira vez. Porém, sua timidez o impedia de, sequer, se aproximar de uma garota. Ainda mais recém saído de uma cidade pequena como Boituva, no interior de São Paulo. Não sabia o que dizer para uma menina da capital, nem quando uma se aproximava. Todas os papos com meninas eram sobre os trabalhos de escola. De resto ficava com os garotos na hora do recreio. Parecia que ele era o único virgem da turma, além de caipira e isso virara tortura.

Num desses almoços de domingo, no sítio da família em Jundiaí, seu tio Beto se aproxima, puxa pra um canto e vai logo ao ponto.

- Alan, tu gosta de mulher ou de homem?

- Que isso tio? Claro que é de mulher!

- E tu já transou?

O garoto até pensou em dizer que sim, mas não pode esconder o rosto vermelho e a cabeça baixa. Enfim, não tinha como negar sua condição de virgem. Ainda mais diante do tio famoso entre as mulheres.

- Então o tio vai te ajudar. Conheço uma gata que é demais. Ela vai te comer! E deu uma gargalhada de faze-lo ficar ainda mais apavorado.

Era umas 18 horas daquela quinta-feira e Beto liga para Alan.

- Te arruma que teu dia chegou!

No estacionamento de um dos shoppings da cidade Beto, que já vinha rodeando a menina do caixa, fez nova investida. Aquela ruiva de 26 anos era demais. Seus olhos verdes, sua pela branquinha, boca carnuda e bunda generosa o deixavam maluco. Ela tinha uma voz forte, de mulher decidida, que o encantava. Como fazia parte de seu trabalho usar aquele estacionamento vê-la todas as vezes o sufocava. Tinha que ganhar aquela mulher. Naquele dia ela aceitou!

Só que havia um empecilho para Alan. Como o tio não quis falar do sobrinho para ela tratou de esconde-lo. Mas onde? Não houve dúvidas e foi para o porta malas no carro assim que recebeu um toque pelo celular. "Que tio louco que eu tenho". Ele tremia, suava, estava com medo e excitado.

Tânia entrou no carro. Achava o cara muito simpático, era de baixa estatura, mas bonito, tipo sarado... "Eu gostei da tua cara!", comentou depois a poderosa.

Conversaram um pouco no carro e ele sugeriu que fossem a um motel. O entardecer teve outra surpresa: ela era casada! O susto foi enorme e aumentou o tesão. Afinal, proibido é mais excitante.

No motel se beijaram, beijo gostoso... uns carinhos, amasso daqui e dali, preliminares das mais quentes. Até que ele parou, olhou fixamente para aqueles olhos lindos e disse:

- Tenho algo pra te mostrar no carro. Uma surpresa!

Ela ficou preocupada. Chegou a pensar nas possibilidades de fuga, gritar, chutar o saco do cara. Foram segundos de quase desespero. Mal respirava. Espiando pela porta viu quando Beto abriu o porta malas e sai de lá um garoto.

- Você tá louco! Grita erguendo-se da cama onde estava sentada.

- Calma. Você nunca imaginou ser a primeira mulher na vida de um homem? Ele é virgem, tímido e jamais esquecerá de você.

Passado o susto foram para o chuveiro. O garoto estava tão tenso que não teve ereção. Beto e Tânia voltam às preliminares, quando ele pede para chupar Alan. Ela se ajoelha lentamente e começa a beijar o membro do garoto. Eis outra surpresa: o pau estava bem acima da média. Semelhante ao do tio. Os olhos da ruiva brilham de tesão.

Não só chupava, mas colocava o que podia para dentro da boca. O garoto estava absolutamente maluco. Totalmente estasiado! Por alguns minutos ela revesava a chupada, brincava com os dois ao mesmo tempo. Suas mãos percorrem as bundas e sacos. Fazia o que há muito desejava: dois ao mesmo tempo!

Do chuveiro para a cama e na cama o Beto continuou dando as ordens. Dessa vez mandou que o sobrinho chupasse e prontamente atendeu. Tânia estava tão excitada com o garoto que se segurava para não se contorcer. A ideia de ser a primeira na vida dele tornava a transa ainda mais louca.

- Hummm... Boquinha macia, língua lisinha, quente... Isso, seja dedicado. Isso... Ai delícia!

Depois daquela chupada deliciosa ela se vira e fica de quatro. O guri a penetra com vontade e, não aguentando mais, goza de cair sobre as costas da gata.

- Agora dá licença que essa cavala é minha! Disse Beto, que a pega naquela mesma posição, dá tapas na bunda dela, puxa seus cabelos e soca com força até ser interrompido...

- Tio, posso comer uma batatinha?

quinta-feira, 25 de abril de 2013

"EU QUERO MAIS..." (Final)

Annie está estática, nada falou e o fita com aqueles lindos olhos azuis. "Que história de sexo", pensava. Jean treme com medo da reação da esposa. Sua preocupação era de ela se sentir rejeitada, o que seria muito doloroso para ambos. Foi uma noite de extremo prazer e não poderia ser manchada. Contudo, ele admitia a si mesmo que não haveria momento certo. Dependendo da reação dela não importaria o que fizesse, seria o caos, um abalo no relacionamento e isso o deixava angustiado da mesma forma que não falar.

- Eu quero ser fiel a você. Tinha que me abrir contigo. Tinha que dizer que sinto isso. Você me perdoa?

Ela sorri, ergue-se e o abraça. Beija-o, mordendo seu lábio. Segura seu rosto com as duas mãos e joga-se sobre ele. Senta-se como se fosse cavalgar. Mostra-lhe que está com tesão.

- Hoje te amo ainda mais. Tua sinceridade me faz ficar ainda mais apaixonada. Eu também quero experimentar mais do sexo.

Jean abre um sorriso e se beijam intensamente. Está com o coração batendo forte. Não esperava essa reação. Esperava uma mulher chorando e dando-lhe as costas. Definitivamente precisa conhece-la melhor. Pergunta a si mesmo o que fez em seis anos para que essa barreira ainda estivesse erguida. Por que só agora revelar-se dessa forma? Isso poderia ter sido construído desde o início? Não, eles haviam mudado e estava muito claro que foi uma mudança profunda.

- E como vamos fazer? Fala com a voz levemente embargada.

- Eu tenho vontade de ir a um clube de casais. Faz mais de um ano e também não sabia com dizer a você. Uma amiga falou como é e eu fiquei curiosa e excitada. (Faz uma pausa). E se um homem me tocasse... O quê você faria?

- Não sei... E se eu quisesse transar com uma delas na sua frente?

- Tu imagina eu chupando outro? Ai, to com tesão de novo...

Que noite!!!

Os dias que se seguiram foram de mais confissões. Uma porta se abriu para que falassem de cada detalhe. Ambos estavam absolutamente espantados com seus desejos. Foi uma semana de sexo enlouquecedor. Todos os dias, em cada peça da casa, em cada móvel, no chão, na cama... na escada do prédio. Uma sessão de sexo oral fechou a semana na sexta-feira em pleno estacionamento do supermercado que costumavam ir.

Enfim, chegara o dia de ir ao clube. Entraram num misto de ansiedade, preocupação e tesão. Combinaram que estariam juntos no que rolasse, mesmo que se apenas um fosse transar.

Apresentações, conversas alegres, muitas risadas e a curiosidade incontida. O clima foi esquentando até que foram levados a uma sala ampla na qual havia vários sofás enormes, como se fosse camas. Luzes indiretas e casais transando.

A líbido estava em ebulição. Annie, após parar uns minutos diante de um casal, solta das mãos de Jean e a passos lentos dirige-se para o sofá onde estavam. Tira seu vestido. Está nua. Como uma felina, movendo-se de quatro, sem se falarem, trocam beijos. Jean a segue largando a roupa ao lado e aproxima-se da outra mulher.

Os quatro beijam-se e se tocam até que a outra começa a chupa-lo. Annei faz o mesmo com o outro, ao mesmo tempo que é masturbada pelo marido. Mara deixa Jean e chupa Annie. Regis vem por cima e penetra Annie enquanto Mara a chupa. Jean vê sua mulher sem possuída por Regis e sente todo o tesão em que ela se encontra. Chega a contorcer-se. Seguem naquela troca alucinante até que elas explodem em gozos maravilhosos. Annie, com um sorriso de pura satisfação chama Jean com seu olhar, ajoelha-se e levo-a à loucura até receber o gozo do marido.

Muito mais fariam nas semanas que se seguiram porque haviam descoberto o que seus corpos desejavam, num tesão jamais sentido. Livres!

sábado, 20 de abril de 2013

"EU QUERO MAIS..." (Parte 1)

Era sábado e iriam comemorar seis anos de casamento. Uma suíte foi reservada no melhor motel da região. Ele queria mais que sexo com ela, queria surpreende-la. Por sua vez ela, sabendo que seu homem não esqueceria da data, queria impressioná-lo mesmo sem saber o que rolaria. Queria ver seu amor tremer de prazer. Para isso comprou umas peças novas. Imagina-o tirando com a boca aquela tanguinha... Só de pensar estava molhada.

Uniram-se aos 19 anos, jovens, inexperientes e virgens à época. Haviam se formado numa tradição de castidade e criam mesmo que teriam bênçãos por preservarem-se até o altar. Bem, nesses seis anos muita coisa aconteceu. Saíram da pequena cidade e das influências das famílias e religião, mudaram hábitos e crenças e no auge dos 25 anos suas convicções a cerca da vida já não eram as mesmas. O que não mudara era o amor que sentiam um pelo outro. Amor que misturava-se a uma verdadeira devoção. Annie era apaixonada por Jean. Jean era apaixonado por Annie.

Mas esta noite revelaria algo guardado no mais íntimo, uma incrível história de sexo.

Annie vai ao centro estético, depila-se, faz um penteado maravilhoso, maquia-se suavemente como de costume, faz as unhas.

- Amor, vista-se no outro quarto! Diz a bela, olhando-o pela porta entreaberta, com aquele sorriso cheio de malícia.

Jean sorri e segue para o outro quarto onde, sem ela saber, está o traje novo. Caprichou, todas as peças eram novas. Barbeou-se, perfumou-se, ajeitou a gravata com a alegria de um principiante. Contudo, por um instante olhou fixo em si mesmo. O espelho dizia: ''Você vai falar?". Pegou o blazer, segurando com o indicador jogou-o pelo ombro.

Annie sai do quarto. Ele a espera na sala com um som delicioso, romântico. Sua surpresa diante do marido, ao vê-lo tão bem arrumado, a fez pensar que seria a melhor noite de suas vidas. Ela estava maravilhosa. Jean aproxima-se, pega uma de suas mãos e a faz girar. Sorrindo diz um '''Eu te amo!" que a faz tremer.

Seguiram para o motel. Ao abrir a porta da suíte ela leva as mãos à boca ao ver as velas acessas, pétalas de rosas pelo chão e cama. Beijam-se apaixonadamente. O jantar servido, conversam alegremente, comentam sobre sexo, brincam um com o outro. Pelo tampo de vidro da mesa ela observa suas coxas. Num momento ela faz um gesto para que ele fique em silêncio. Olha-o fixamente, sobe suas mãos pelas coxas e ergue suavemente seu vestido. Levanta-se como uma felina e faz um strip maravilhoso. A noite segue como os dois amantes desejam.

Satisfeitos e suados ele a beija, senta-se na cama, olha-a fixamente. Observa em detalhes. Seu corpo de pele suave, branca, mamilos rosados, boca pequena, cabelos cacheados jogados no travesseiro, pés delicados, sua bunda é deliciosa... Adora aquele corpo como de uma deusa. Contudo, seu olhar fica diferente. Precisa falar.

- Preciso te confessar uma coisa, diz Jean.

Pela expressão dele ela fica tensa. Por um segundo pensa no pior. Por que o pior depois de uma noite tão incrível? Ele não seria tão cafajeste a este ponto. Mil pensamentos passam como relâmpago em sua mente. Seu corpo de contrai. Chega a pensar em cobrir-se com o lençol.

- Eu te amo. E por te amar tenho te respeitado esses anos e assim quero seguir. Quando casamos éramos inocentes, mas agora eu tenho desejos que quero te confessar. (Nesse momento ela está quase sem respiração, olhos vidrados nele).

Um instante de silêncio.

- Annie, eu quero experimentar, quero mais loucuras de sexo.

Annie está perplexa.

(Continua)

quinta-feira, 18 de abril de 2013

BENDITA DONA BERNADETE (Final)

Vivian sente seu coração, que já batia forte, disparar ao ter sua mão tocada pela mão de Danilo. De repente o silêncio toma conta. Sobre o que falavam? E quem se importaria com o assunto com tanta química rolando? O brilho nos olhos, mãos quentes... Ela corresponde ao toque entrelaçando seus dedos, fugindo de como costumava agir nessas horas, tira a sandália de um dos pés e toca as pernas dele. Despida de suas prisões ousa mais um pouco: morde levemente seu próprio lábio inferior. Não há mais o que esconder ou esperar por mais interpretações de sinais ou outra coisa. Com tudo isso ela, definitivamente, diz: ''Eu te quero!".

Elegante até no chamar o garço para pedir a conta, ergue-se, segura o encosto da cadeira para que Vivian se levante e cobre seus ombros com a blusa, sem antes beijar suavemente seu ombro. Nesse momento ela sente sua vulva pedindo para ser possuída. Seguem para o carro e não seria mais surpresa que ele abra a porta, segura em sua mão para que se sente. Danilo vê suas cochas abrirem-se levemente e não tem como disfarçar o volume de sua excitação.

Ao sentar-se Danilo a olha em silêncio. Vivian fita seus olhos também em silêncio. São segundos que parecem eternos. Não são segundos de dúvidas ou medos, mas de êxtase, de admiração da beleza de ambos, de observação do brilho dos olhos em meio à pouca luz. Enfim, ele se aproxima lentamente e a beija com a suavidade de um romântico. Suas mãos tocam o rosto mais belo que tinha visto e a beija com intensidade. Suas línguas estão ensandecidas de tesão. As mãos não se controlam, a alça de seu vestido cai pelo ombro e ele toca seus seios. Ela não se contém e segura sua calça pela cintura e ele sente suas coxas. Danilo está absolutamente tomado de desejo. Segue suas mãos pelas coxas da morena até seu quadril, por baixo do vestido. "Ela não está com a calcinha", percebe estasiado.

Vivian quer se entregar e nem percebe que estão no estacionamento de um restaurante. Sem o menor constrangimento, sendo beijada nos seios e sentindo os dedos dele em sua xana ela o empurra. Por um segundo ele pensa que havia exagerado. Mas ela, com destreza, abre suas calças e lança-se de boca em seu membro. Chupa-o com vontade, coloca quase todo em sua boca. Ela quer sentir seu gozo, quer lambuzar-se com seu suco. Enquanto o masturba sobre beijando. "Que abdome maravilhoso". A camisa há tempos estava aberta. Beija seu peito, seu pescoço, sua boca. Danilo segura firme seus cabelos, ela estremece de tesão.

Não há mais como voltar. Eles querem seguir ali mesmo. Querem aquela história de sexo.

Ele joga o banco mais ao fundo possível e Vivian cavalga-o de prazer. Seu vestido perdeu-se com as roupas de Danilo em algum lugar do carro.

O frenesi do sexo, beijos enlouquecido e ela goza profundamente. Ele a segura com firmeza e a deita no banco ao lado, ergue-se e ela volta a chupa-lo até que sente todo o seu gozo em sua boca. Corpos nus e suados, quase desfalecidos. Acariciam-se, sorriem um para o outro, tocam-se... Querem mais!

quarta-feira, 17 de abril de 2013

BENDITA DONA BERNADETE (Parte I)

Ela estava cansada de apenas se masturbar e não queria usar um dos tais ''consolos''. Achava que era o fundo do poço sexual buscar num vibrador seus orgasmos. Imaginava uma boa historia de sexo. Vivian, passava um momento profissional muito bom, sua carreira a satisfazia e, portanto, sua tensão voltava-se para suas necessidades mais íntimas.
- Eu quero um homem!, dizia a si mesma naquela tarde de sábado. E por que não estava com um, sendo bonita, 31 anos? Essa pergunta a incomodava, mas muito mais estar com um tesão louco, molhada, numa tarde que pedia sexo. Sequer ponderava as tantas insinuações de tantos homens que havia rejeitado.
- Não, não vou calcular quanto tempo faz desde a última cavalgada, falou em voz alta.
- Ridículo! Só o que me falta é falar sozinha. Fim de carreira!, acrescentou, rindo de si mesma.

Toca a campanha.
- Meu Deus! Um homem..., exclamou sem ao menos ver quem era.
Olha pelo ''olho mágico'' e quanta decepção ao ver um garoto pedindo pra buscar a bola. Ela vai até o quintal da casa, pega a bola e devolve ao dono. Vira-se para entrar quando estaciona um carro na frente da casa do lado. Por um instante ela para. Ele desce do carro, fica parado um segundo e fecha a porta, dirigindo-se para a casa.
- Seria o novo dono? Eu não teria tanta sorte de ter um vizinho desses, gostosão... Pensava, enquanto mordia os lábios.
Era Danilo.

Ele a vê e vem em sua direção. De súbito começa a tremer. Está congelada, uma estátua.
Ele abre um sorriso lindo enquanto retira os óculos de sol. Pega um papel no bolso blazer, para, lê e olha para ela novamente.
- Oi, podes me ajudar? Pergunta com uma voz mansa e tranquilizadora.
- Sim, acho que sim. Mas em seu pensamento salta "tu podes me ajudar?".
- Dona Magali ainda mora aqui?
- Não ela se mudou.
A conversa começa com trivialidades sobre como era uma vizinha boa a Dona Bernadete e segue por outras tantos assuntos. Os olhares denunciam intensões, a fala começa a mudar, o muro parece estreitar-se a ponto de sentirem a respiração um do outro. Já nem lembrava do porquê ele estava ali e procurando uma senhora de 70 anos. Passada quase uma hora de risos fáceis e observações de como a boca era um do outro ele pede seu telefone e a convida para um jantar.
- Hoje?
- Sim, hoje.
- Por favor, me ligue às 20 horas, pois combinei de sair com uma amiga...

Às 20 horas ela estava ao lado do telefone. Passa um minuto e está absolutamente ansiosa. Um, dois, três minutos e toca. Ela já estava pronta ''para sair com a amiga''...

Encontraram-se. O jantar foi maravilhoso com um vinho delicioso e uma conversa muito agradável. Vivian sentia a tranquilidade e segurança que passava a voz de Danilo. Seus olhares já não escondiam o que queriam até que ele pegou em sua mão, fez silêncio, olhou-a de forma firme com um leve sorriso...

(Continua)

segunda-feira, 15 de abril de 2013

TROCAVAM-SE ININTERRUPTAMENTE

Há aquelas aventuras que são, digamos, loucas mesmo. Que dão uma boa historia de sexo. Diferem da primeira transa, diferem daquelas de cenário excitante, diferem de tudo. São únicas... até serem repetidas. Aquele sexo que nem em delírios poderia ser imaginado aconteceu com ela. Aos 27 anos, plena de fogo uterino, ficava pensando o que poderia fazer na cama (ou fora dela) que ainda não tinha feito. O dia chegou, sem planos, de surpresa.

Cássia, ruiva, de curvas generosas e lábios maravilhosos, tinha uma amiga bem safadinha, a Luana, morena, pequena, de olhar penetrante. Nos intervalos de almoço não almoçava. Luana era a própria refeição. Aproveitava os 90 minutos para sair com caras diferentes. Naquela terça-feira Cássia estava pelo centro da cidade e passou no trabalho da amiga pra conversar um pouco, ouvir suas histórias. Chegado o meio dia Luana perguntou pra onde Cássia iria, ao que respondeu: "Vou pra casa!".


Ao descerem as escadas do prédio Luana perguntou se um amigo dela poderia dar carona. "Fiquei meio desconfiada, mas entrei no carro!" conta Cássia. "Quando entrei, além do motorista, o Fredy, tinha mais um cara, o Robson... hummm. Minha amiga começou a falar que a ideia deles era me levar pro motel com eles. Relutei, disse que não, mas ela insistiu, sabia que eu queria viver algumas experiências. Enfim, pensei: 'Quer saber? Vou e vou dar um show neles!'"

No motel as amigas tiram a roupa uma da outra e beijam-se loucamente, roupas pelo piso, calcinhas minúsculas jogadas na cara dos rapazes. No chuveiro, box de vidro, espuma. Eles as olhavam já despidos e excitados com a cena incrível de duas gatas esfregando-se debaixo d'água, beijando-se, tocando-se... cheias de espuma!

''Na cama foi doideira pura'', disse Cássia. Beijos, línguas, mãos em todas as partes, gemidos... o cheiro de sexo tomava conta da suíte. Trocavam-se ininterruptamente, num frenesi que elas nem sabiam mais quem as penetrava, quem chupavam, quem as chupava. "Lembro de um momento eu estar deitada, ela com a buceta na minha boca e um pau em cada uma das minhas mãos. Eu ia alternando, chupava ela, depois um pau, depois outro... Nossa! Estou enlouquecida ao relembrar."

Cássia, completamente solta e curtindo tudo que era feito, quis ser exibida mesmo... "Fiz garganta profunda com maestria e pra encerrar gozei como nenhum deles jamais viu!", acrescentou. "Um squirt que molhou a todos... Uma loucura!!!", fala com um sorriso largo e olhos fechados. Fredy e Robson param espantados, pois não haviam visto uma mulher gozar tão intensamente. "Eu parecia um chafariz...heuheuheuheu", conta às gargalhadas.

Com tal desenvoltura, Luana ficou estática e viu-se sem condições de ''competir'' a ponto de não gozar. "Depois disso ela nunca mais me convidou pra festinha nenhuma!", encerrou, nitidamente excitada.

domingo, 14 de abril de 2013

MORANGUINHO

Ela estava num momento sensível. Era mais que ''coisas de mulher''. Não chorava sem motivo, pois sabia exatamente o que desejava. Não chorava, delirava. Seu casamento estava absolutamente tranquilo em vários aspectos, menos no sexo. Queria enlouquecer, queria uma história de sexo, usar aquelas roupinhas que havia comprado e seu marido achava estranho. Nem podia falar no chicotinho que guardava no fundo de uma gaveta que ele se irritava. "Você só pensa em sexo!", dizia. Aos 40 anos, dona de seus desejos, queria mais, muito mais.


Num dia resolveu entrar numa sala de bate papo de um portal de internet. Não tinha certeza do que queria. O máximo que sabia era o que havia ouvido de uma amiga que saíra com um cara que conhecera por ali. Entrou insegura. Sequer o nome (nickname) para si mesma havia pensado. Chegou a digitar seu próprio nome. Apagou e chamou a si mesma de ''Mulher''. Ironicamente havia outra, a ''Mulher madura''.

Dias se passaram até que encontrou um cara que chamou sua atenção. Divagou por outros assuntos longe dos ''e aí gata...''. Escrevia com correção, fazia-se entender, gerou, enfim, um certa segurança. Trocaram MSN e começaram a interagir quase que diariamente. O papo foi se aquecendo, intimidades começaram a ser ditas e ela disse o que queria. Queria sexo! Sexo animal!

Trocaram fotos, falaram de sua fantasias, de suas taras, até que o encontro surgiu.

Ela o aguardava no local marcado. Nem se falaram e ela seguiu em seu carro para sua casa. ''Que doida que sou, e meu marido?'' pensaria uma outra. Ela não. Enquanto dirigia apertava suas coxas sentindo o tesão. Ele deixou a moto na garagem e quando entrou em sua casa ela o esperava na cozinha, de pé, olhar fixo, um leve sorriso. Ele andou calmamente, olhando-a nos olhos e a segurou pela cintura beijando-a na boca. "Esse beijo é o que imaginei... delicioso" falou, enquanto buscava beija-lo novamente. As mãos percorreram seu corpo e seus quadris se apertavam.

Seguiram para o quarto. Na escada ele passava as mãos em seu corpo que estava em chamas. Parou num momento porque ela ergueu seu vestido, beijou sua bunda, acariciou suas coxas. Enfim, no quarto.

Ele tirou seu vestido e beijou seus seios enquanto ela abria sua calça. Nem esperou para que as tirasse e agarrou seu membro sentido seu sabor como desejava havia semanas. Era um sábado à tarde e ficaram trocando posições até serem tomados pelo cansaço, ao anoitecer.

A noite chegou, pizza, bebidas, sofá, algemas, chicotinho, tapas na bunda, puxões de cabelo, gemidos e... o tão sonhado morango em sua Xana...