quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

O PECADO MORA DENTRO

O encontro era num templo, numa igreja. O padre estava presente, mas apenas acompanhava enquanto o jovem Alan estava à frente, falando para um público atento, igualmente jovem naquele sábado à tarde. Em meio a outros de sua idade, Diva, uma jovem de rosto lindo e corpo com curvas muito generosas, gravava cada milímetro, cada segundo, desde o início, quando rapidamente fora apresentada a ele havia alguns meses. O mover dos seus lábios a fascinava, mas não por suas belas palavras... Era o movimento daqueles lábios carnudos, ao abrir e fechar, no sorriso que em alguns momentos fazia seu rosto brilhar para ela. O que ele dizia? Não lembra de uma única palavra sequer.
Linda, ali sentada, imaginava os lugares que gostaria que aquela boca percorresse. Nossa! Como ela desejava aquele homem. Ardendo de tesão chegou a molhar a calcinha mergulhada em delírios, fetiches e todas as posições que desejava, apertando as pernas uma contra a outra, ora cruzando-as para um lado, ora pra outro, numa tentativa vã de massagear seu clitóris. Impaciente, pensou em ir ao banheiro masturbar-se...
O rapaz apreciava a doçura com que Diva tratava as pessoas e as palavras de conforto que transmitia, nos vários momentos de trabalhos sociais que haviam feito juntos. Mas gostava mesmo quando a calcinha dela esta atochada na bunda, como lembrou mais tarde. O visual atiçava-o, dava um tesão maluco. Os seus olhares inflamavam ao se cruzarem, sem, contudo, declararem-se um ao outro. Afinal, a causa era espiritual e não poderiam mudar seu foco. Em seus íntimos sabiam que na primeira oportunidade que tivessem iria rolar o sexo mais louco de suas vidas. A química exalava pelos poros. Entretanto, existia uma dúvida muito grande: ambos sabiam o tamanho do pecado que estavam a ponto de cometer. Vez ou outra pensavam no risco de sua fé, no que poderia acontecer se fossem descobertos, já que o sexo era para o casamento. Tudo passava por suas mentes, cada um em separado, como se estivessem dialogando.
“Inocentemente”, após uma vigília do grupo de jovens, de cânticos, leitura da Bíblia e orações, Alan leva a moça à sua casa. O papo rola sobre as atividades da congregação e seu apego às coisas de Deus. Ate que ele diz: “Irmã, você sabe do afeto que tenho por você…”. Ela o interrompe e o convida para entrar, porque o que ela sentia estava muito longe do tal ‘afeto’. Era um desejo, tesão. Esse desejo, inibido pela doutrina de sua igreja que condena aqueles que deixam aflorar suas paixões carnais, não tinha mais como ser contido, a menos que um recuasse. E como assumir que ela queria ser comida com força, violada e chamada de pecadora? Ah, quanto fetiche...
Alan, já sentado no sofá, tenta continuar sua fala envolto numa tentativa de santidade, mas não consegue. Diva novamente o interrompe. Dessa vez sobe em suas pernas, tira a blusa e o sutiã preto que brilhava naquela pele tão clara e macia. Em um abraço nu, falando ao ouvido ela disse: “TE QUERO!”.
Naquele momento nada mais restava senão pecar. Ele começou a lamber os peitinhos dela como se não houvesse amanhã. Porém, a sede da irmã era outra. Insandecida de tesão ela queria que o pau dele entrasse todo em sua boca. Com a cara mais safada que uma mulher pode fazer, ela o engole, olhando fixamente para os olhos dele, com um sorrisinho safado como quem sabe que esta agradando. Suga seu pau deliciosamente, chupa-o com vontade, faz sentir em sua garganta, brincando por alguns minutos. Alan está contorcendo-se, segurando o gozo.
A gata, já nua, sobe novamente em cima dele, que está inebriado com tanta atitude de Diva. Coloca seu pau grosso inteiramente em sua buceta molhada e quente. Soca com força, do jeito que sonhara durante meses. Sim, ela fez tudo o que quis…
Trocaram posição enlouquecidamente. Ora ela ficava de quatro, ora subia nele. Diva, tendo gozado várias vezes sentiu que Cássio estava para explodir de tesão. Parou de súbito, pediu que ele a deixasse recostar no sofá e disse: “Enche minha boca de porra!”.
Eles têm um próximo encontro marcado. Enquanto isso trocam mensagens cheia de "ótimas" intenções, de tesão e de pecado! Pecado? O sexo falou muito mais alto.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

NÃO IMPORTA MAIS

Luciano fora dormir em êxtase. Além de uma transa deliciosa, com uma mulher que há meses desejava, jamais imaginava que tudo seria envolto num simples "sem perguntas". Como poderia ser isso? Quais motivações ela teve? O que ela havia gostado nele? Como seria encontra-la novamente nos corredores do supermercado? As perguntas fervilhavam em sua mente ao mesmo que as cenas de sexo e daquele corpo o deixavam a olhar para o teto do quarto sem vê-lo.

Colocou "I Ain't No Nice Guy", do Motörhead, no som, para tentar relaxar. Não conseguiu. Andou de um lado para outro no quarto. Uma cerveja, um olhar pela janela do apartamento. Amanhecia, quando seus olhos não suportaram mais e, enfim, adormeceu.

Não havia espaço para outro pensamento naquela manhã. Mal conseguia alimentar-se, mal conseguia caminhar, mal conseguia dirigir até o trabalho. Pensamentos desordenados, perguntas e mais perguntas. Estaria apaixonado? Ela era casada e nisso estava uma barreira intransponível para ele.

Passam-se 20 dias e não a vê. Havia perguntado para colegas do outro turno e confirmaram que ela vinha pela manhã, quando ele não estava. Pensou em circular por lá, mas seria óbvio demais. Afinal, ela disse "sem perguntas". Naquele dia ela aparece fazendo o seu trabalho nos corredores do supermercado. De longe Luciano a vê, mas Francy parece compenetrada e nem olha para o lado. Como resistir?

- Oi.

- Oi Luciano, como vai?

- Bem e você?

- Estou ótima. Muito trabalho como sempre.

- Eu queria... Ela o interrompe com um gesto como que pedindo silêncio.

- Sem perguntas!

Com aquele sorriso simpático e cativante de sempre curva-se e continua seu trabalho. Ágil como de costume, logo levanta-se e vai embora. Ele está definitivamente sem saber o que fazer. De qualquer forma toma uma decisão: "Não vou ficar nessa!". Assim, como quem passa uma borracha parte para a noite, porque era sexta-feira e os amigos haviam combinado a cerveja de sempre. "Quem sabe pinta uma gata diferente hoje..." pensou enquanto caminhava aliviado consigo mesmo para atender suas responsabilidades.

Aquela experiência passou à uma mera lembrança. Afinal, havia conhecido uma garota através de amigas de sexta-feira e começara a gostar dela.

Era segunda-feira e o dia começara tranquilo. Dava aquelas ajeitadas no apartamento pra diminuir a bagunça do domingo. A namorada saíra cedo e Luciano limpava com o ânimo que o dia proporcionava, sem qualquer compromisso com nada. Era 11h21 quando o interfone toca. Era ela... "Meu Deus! O que faço agora? Numa segunda-feira?" pensava contando o tempo que levaria para chegar ao seu apartamento. "Preciso de um banho! Louco, acabei de tomar". Quase em pânico a campainha toca. Segura a maçaneta, respira fundo e abre. Seu coração bate forte. São dois segundos eternos em que olham-se até que ela sorri levemente.

- Posso entrar?

- Ah, puxa, desculpa... Você me deixa nervoso!

Ela estava linda com aquela calça jeans, sandália a mostrar seus pés, uma blusa insinuando a silhueta do sutiã, cabelos presos, brincos pequenos, lábios com uma batom discreto e aquele perfume inebriante. Entra, enquanto ele facha a porta lentamente observando seu pescoço. Desta vez ele se recosta na porta com as mãos para trás. Francy para no meio da sala e se volta com um sorriso maroto, olhos brilhantes, com as mãos à frente segurando uma bolsa pequena.

- Luciano...

- Francy...

Silêncio! Ambos fitam-se e sorriem. Respiração ofegante, impossível de ser contida.

- Vais ficar aí na porta?

- Sim. Há umas perguntas que quero fazer.

- Faça.

Alguns segundos se passam enquanto ele não consegue coordenar os pensamentos. Lentamente se afasta da porta e vai em direção a ela...

- Sem perguntas. Não importa mais... Diz enquanto suas mãos a seguram pela cintura.

Puxa-a para si e a beija loucamente. Ali, com um universo de tesão incendiando-os, suas roupas desaparecem e entregam-se ao sexo quente, depravado, sem limites, com força, com gemidos, molhado, intenso como somente o mistério poderia fazer surgir.